402ª SEMANA - A SALVAÇÃO EM CRISTO
Set
402ª SEMANA - A SALVAÇÃO EM CRISTO
Leitura Bíblica: 2 Co. 5:14-21
TEXTO CHAVE: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:14,15
OBJETIVO DA LIÇÃO: Definir a salvação na perspectiva bíblica, entender o paradoxo da salvação e reafirmar o valor da salvação outorgada por Deus em Cristo Jesus.
PONTOS A ENFATIZAR:
a) Embora rejeitamos a orientação divina e o reinado de Deus em nossa vida e história, o Criador graciosamente oferece-nos a oportunidade de reposicionarmo-nos diante dEle, de nosso semelhante e de toda a realidade. Ele faz isso de sucessivas formas e maneiras e nos últimos tempos está falando através do seu Filho (Hb. 1:1-3). Através de Jesus, Ele oferece-nos a derradeira chance de se apropriar do ato sacrificial que Jesus fez por nós. Sendo Filho de Deus legítimo, expressa a imagem do Criador e o sustentador de todas as coisas, possuindo legitimidade e representatividade para delinear o caminho pelo qual o seres humanos que querem se tornar o que Deus os criou para ser, transitarão.
b) A Salvação na perspectiva Bíblica:
1) A arrogância da autonomia humana – Apesar de o Criador ter dotado a humanidade de vontade própria, não querendo fazer-nos de robôs ou meros fantoches, e sim seres responsáveis pelas próprias decisões, é fato que se esperava sensatez em vez de arrogância, lucides em lugar de delírio e gratidão em vez de rebeldia. Em Gênesis vemos que a humanidade corrompeu-se a tal ponto que a Terra encheu-se de violência (Gn. 6:11,12). Romanos 1:21-32 aparece uma relação nada correta do que ocorreu com a humanidade. E essa não foi a maneira planejada pelo Criador, mas inventada pela autonomia humana que se considera capaz de viver a parte de Deus (Sl. 10:3-11);
2) A vida à parte de Deus significa escravidão – Lamentavelmente, as pessoas não entendem que a falta de domínio de seus vícios, paixões e outros excessos que as maltratam, na realidade, não indicam que elas são livres, mas exatamente ao contrário. (Jo. 8:34).
3) O anseio humano e a salvação na perspectiva divina – O vazio existencial assola ricos e pobres, grandes e pequenos, famosos e anônimos. Ninguém escapa do problema do pecado. Salvação não é outra coisa senão a libertação da humanidade da escravidão do pecado (At. 13:38,39).
c) O Paradoxo da Salvação:
1) A oferta divina – É evidente que a humanidade continuará buscando, por suas próprias forças, a melhor maneira de viver, sem, contudo, reconhecer que precisa de orientação segura sobre sua origem e destino (Lc. 12:13-21). Todavia, o retorno ao paraíso, o restabelecimento da harmonia com o Criador, consigo mesmo, com os semelhantes e até com a natureza, não se dará pela religião, filosofia, ciência ou qualquer outra produção humana, mas pelo acolhimento da mensagem do Evangelho (Mc. 1:15). O Espírito Santo é o responsável por dar-nos consciência que não temos condição de salvar-nos a nós mesmos (Jo. 16:7-11);
2) A possibilidade de rejeição humana – As desculpas para a rejeição da humanidade são as mais variadas possíveis e vão desde o apego às coisas materiais até a ganancia do poder e da posição. (Jo. 12:42,43);
3) O caráter paradoxal da salvação – Aos ouvidos modernos soa contraditório a afirmação de Jesus de que os interessados em salvar a própria vida devem, por amor a Ele, “perde-la” e que quem assim o fizer, na verdade, a encontra (Mt. 16:25).
d) A manifestação do amor de Deus pela humanidade:
1) A salvação em seu sentido pleno – Após cumprir a vontade de Deus, o Filho glorificou ao Pai por ter permitido que Ele concedesse a vida eterna a todos os que o Mestre pôde evangelizar. Tal vida eterna significa ter lhes dado a possibilidade de conhecer a Deus, que é único e verdadeiro, e Jesus como o real enviado do Pai (Jo, 17:3). Haverá uma vida eterna real que só será desfrutada pelos que agora já creem em Jesus e acolhem o Seu Evangelho e que estão com os nomes escritos no céu (Lc. 10:20);
2) Deus estava em Cristo reconciliando o mundo – Através de Cristo o Criador reconciliou-se com a sua criação em todos os sentidos. Por isso 1 Co. 15:17,21 nos informa que para os que creem, passam a ser uma nova criação diante de Deus;
3) Deus concedeu-nos a palavra de reconciliação – 2 Co. 5:18-20 Paulo informa-nos que o Senhor incumbiu-nos de anunciar a palavra de reconciliação ao mundo. O Reino de Deus já chegou e uma nova oportunidade já foi estendida, mas as pessoas não sabem, por isso, é preciso anunciar-lhes a palavra do Evangelho.
AJUDA PARA DESENVOLVER A LIÇÃO:
Mais do que uma “fuga” dessa Terra, a salvação, no sentido bíblico, vai além dessa visão, sendo muito mais ampla e abrangente. O próprio Senhor Jesus, em uma de suas orações, pediu ao Pai que não nos tirasse do mundo, e sim que nos livrasse do mal (Jo. 17:15).