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441ª SEMANA TEMA: A Igreja e o Poder Político

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15

Nov

441ª SEMANA TEMA: A Igreja e o Poder Político

Leitura Bíblica: Mateus 22:15-22

 

TEXTO CHAVE: “Então lhe disse: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus”. Mt. 22:21

 

OBJETIVO DA LIÇÃO: Entender a responsabilidade da Igreja de influenciar a sociedade para o bem, por sua presença atuante, não significa jamais que caiba também a Igreja o exercício do poder temporal daqui.

 

PONTOS A ENFATIZAR:

a) Vamos ver as relações da Igreja com o poder político. Estudá-lo é uma necessidade, principalmente por que o povo evangélico, em razão do seu acelerado crescimento, deixou de ocupar posição secundária na sociedade. Ele agora é visto como força social emergente, cujos votos podem, inclusive, alterar o resultado de uma eleição.

 

b) A armadilha dos Fariseus:

1) A astúcia da armadilha – O texto bíblico que melhor se aplica ao tema é o que trata da armadilha dos fariseus para surpreender o Mestre na questão do pagamento de impostos ao Império Romano.  Por não discernir as profecias do Antigo Testamento, eles não admitiam que a mensagem do Mestre acerca do Reino não correspondesse a expectativa judaica de libertação política (Jo. 18:16). Como o propósito era apanhar Jesus em alguma contradição, é provável que os fariseus, ao levantar a questão, tivesse em mente duas coisas:

a) Se Ele concordasse de forma unilateral com o tributo romano, poderia estar invalidando Sua mensagem messiânica de redenção política, na visão farisaica. Seria um bom motivo para incitar o povo contra Cristo;

b) se questionasse a tributação, contariam, por outro lado, com um bom argumento para acusa-Lo de sublevação contra a ordem constituída. Como hipócritas tentaram induzir o Mestre ao egocentrismo, usando o elogio fácil que reconhece de forma demagógica as virtudes alheias, mas com propósitos escusos.

2) A conotação política a pergunta- Quando referem-se a César, reportam-se à instituição política máxima da época, pois tratava-se de um título dado aos imperadores romanos.  Não há nenhum erro em o crente, como cidadão, estar a par dos assuntos da esfera civil que afetem a sua vida. É lícito, também, exercitar os direitos de cidadania e contribuir para que o país prospere, desde que as motivações sejam corretas e não haja intenções dúbias. O problema passa a existir quando os propósitos são outros, como no caso dos fariseus, e a Igreja perde a sua identidade por assumir para si um papel que não lhe pertence: o poder temporal.

 

 c) A clareza da posição do Mestre – Jesus teve discernimento da armadilha dos fariseus. Ao cristão não basta discernir apenas na esfera natural, porque, às vezes, as origens dos problemas humanos estão no mundo sobrenatural. Muitas dificuldades ocorrem porque consulta-se primeiro a carne e ao sangue e não ao Espírito (At. 15:28). Em razão disso, o Senhor teve uma postura de decisão. Ele soube como agir diante daquele quadro. Primeiro, reconheceu a hipocrisia farisaica. Depois, deu uma resposta que serve como padrão para a Igreja em todos os tempos: os crentes, como cidadão, cumprem seus deveres civis e políticos e, como Igreja, mantém sua lealdade suprema a Deus, instruindo na verdade, denunciando o pecado seja em que esfera for, promovendo a justiça, vivendo a espiritualidade, proclamando as virtudes do Reino e combatendo o mal (1 Pd. 2:9,10).

 

d) Como a Igreja lida com o poder político:

1) à Igreja não cabe o poder temporal - Fica claro, portanto, que a Igreja e o poder político situam-se em polos distintos. A história revela que a partir da constantinização da igreja histórica, a medida em que a relação entre ambos tornava-se cada vez mais comprometida, esta sempre ficou no prejuízo. Além da perda da identidade, abriu espaços para o avanço do nominalismo, pela “conversão” dos que buscavam as benesses do poder temporal através da via eclesiástica. Tornou, também, propício o ambiente para a corrupção entre o clero e chegou aos níveis mais baixos de obscurantismo, quando fogueiras da Inquisição foram usadas para tentar calar as vozes que combatiam seus erros. 2) A Igreja está comprometida com o Reino – A ação da Igreja no mundo face ao poder político se orienta pelo seu comprometimento em proclamar as virtudes do Reino de Deus (1 Co. 4:20). Desta forma, das estruturas políticas propugna para que sua mensagem afete todos os setores da sociedade, inclusive o político, e influência de modo justo, cristão e bíblico as decisões que estão sendo tomadas.  Este é o referencial para os crentes que ocupam cargos públicos eletivos ou não. Eles fazem parte da Igreja, mas não lhes cabe tomar partido em nome dela, nem usá-la para justificar compromissos que se circunscrevem única e exclusivamente ao terreno público ou político. “A César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

 

Pesquisa Lições Bíblicas da CPAD. Antônio Gilberto.